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Setembro Amarelo: Temáticas e Abordagens importantes para desenvolver junto a empresas

Foto do escritor: Clínica AtenuarClínica Atenuar
Setembro Amarelo

Campanha nacional de conscientização sobre a importância da prevenção ao suicídio, o Setembro Amarelo é abordado no Brasil desde 2015 por iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria, do Conselho Federal de Medicina e do Centro de Valorização à vida. Seu principal objetivo é minimizar estigmas relacionados a esse tema e motivar as pessoas a buscarem ajuda e tratamento quando necessário.


O Dr. Luiz Fernando Schilling, médico com especialização em Psiquiatria e saúde ocupacional, gestor e médico na equipe da Clínica Atenuar, salienta que o Brasil é o 8º país no ranking de suicídios conforme a OMS. “São 14 mil ocorrências ao ano no Brasil, o que representa 38 por dia”, reforça.

Dr. Luiz Fernand Schilling
Dr. Luiz Fernando Schilling

Segundo o Dr. Schilling, a campanha do Setembro Amarelo busca conscientizar sobre a importância de cuidar da saúde mental e prevenir o suicídio. “Para que as empresas colaborem de forma eficaz nessa causa, é importante que elas adotem estratégias de prevenção e apoio, além de criarem um ambiente de trabalho que promova o bem-estar emocional”, afirma.


Por que abordar o Setembro Amarelo no ambiente de trabalho?

Dentro das empresas, essa campanha vem ganhando cada vez mais destaque,  pois se trata de uma temática diretamente ligada à saúde mental. Por isso, atuar junto a esse movimento no ambiente laboral é uma forma de auxiliar na identificação precoce de colaboradores que possam estar enfrentando algum problema psicológico, especialmente porque registros de doenças ocupacionais de cunho psicossocial são bastante frequentes. 


Como abordar essa campanha dentro das empresas? 

Problematizar temáticas acerca da saúde mental é sempre um desafio, principalmente porque o estigma atrelado a esse assunto dificulta o acesso à informação e ao diálogo. Assim, investir em uma comunicação objetiva e segura que aborda questões como problemas psicológicos, canais de suporte,  práticas de segurança, identificação de sintomas e meios para obter e/ou oferecer ajuda é um excelente ponto de partida para promover o Setembro Amarelo no ambiente corporativo.  Para tanto, é possível envolver os colaboradores em ações como:


  •  palestras e rodas de conversa visando à conscientização;

  • capacitação de lideranças para identificação precoce de problemas como ansiedade, estresse e depressão;

  • parceria entre empresa e instituições especializadas de saúde mental;

  • distribuição de materiais informativos;

  • investimento em atividades relaxantes durante o mês de setembro.



Pedimos ao Dr. Schilling para destacar algumas possíveis ações dentro das empresas ao longo do mês de Setembro e, se possível, durante o ano todo:


Duas pessoas de mãos dadas
1. Promover um ambiente de diálogo aberto sobre saúde mental

   - Campanhas internas: Realizar palestras, workshops e campanhas educativas para sensibilizar os colaboradores sobre a importância de cuidar da saúde mental e eliminar o estigma em torno do tema.

   - Comunicação clara e não-julgadora: Encorajar os funcionários a falarem sobre suas emoções e dificuldades sem medo de represálias ou discriminação.


2. Oferecer suporte psicológico

   - Parcerias com psicólogos ou terapeutas: Empresas podem disponibilizar apoio psicológico gratuito ou subsidiado por meio de convênios com profissionais da área de saúde mental.

   - Programas de assistência ao empregado (PAE): Oferecer um serviço onde os funcionários possam obter orientação e aconselhamento psicológico, financeiro ou jurídico.


3. Treinamento para gestores e colegas

   - Capacitação para líderes: Treinar gestores para identificar sinais de sofrimento mental entre os colaboradores e saber como abordar a situação com empatia e suporte.

   - Treinamento de primeiros socorros psicológicos: Formar colegas de trabalho para reconhecer sintomas de crise emocional e como agir de maneira apropriada antes que seja necessário apoio especializado.


4. Políticas de bem-estar

   - Flexibilidade no trabalho: Implementar políticas que equilibrem vida pessoal e profissional, como horários flexíveis ou home office.

   - Ações de descompressão: Promover práticas de autocuidado, como meditação, pausas saudáveis e atividades físicas no ambiente corporativo.


Como identificar quem precisa de ajuda? 

A identificação de colaboradores em risco pode ser difícil, mas alguns sinais de alerta podem ser observados, como:


  • Mudanças comportamentais: Isolamento, retraimento, perda de interesse em atividades, irritabilidade, mudança no padrão de sono ou alimentação.

  • Diminuição no desempenho: Queda na produtividade, falta de concentração, aumento de erros ou faltas recorrentes.

  • Comunicação sobre sofrimento: Comentários frequentes sobre sentimentos de desesperança, inutilidade ou culpa, e até mesmo falas relacionadas à morte.

  • Aparência física: Descuido com a aparência pessoal ou mudanças significativas na maneira de se vestir.


O que fazer ao identificar alguém em risco

Aproximação cuidadosa: Abordar a pessoa de forma empática, oferecendo apoio e deixando claro que você se preocupa com o bem-estar dela.


Escuta ativa: Escutar sem julgamentos e sem oferecer soluções imediatas. Muitas vezes, o simples ato de ouvir já ajuda.


Encaminhamento ao suporte adequado: Sugerir a busca de ajuda especializada e, se necessário, auxiliar no processo de encaminhamento.


"Empresas que promovem uma cultura de apoio e cuidado com a saúde mental não só ajudam a prevenir o suicídio, como também melhoram o ambiente de trabalho e a produtividade, garantindo maior bem-estar aos colaboradores", finaliza.
 

Se precisar de ajuda, procure apoio.
Centro de Valorização da Vida CVV - Telefone 188
Ajuda emocional com conversas anônimas


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